Introdução à Literatura - Poesia – Professora Maria Paula Pirajá
Poesia é a arte de produzir obras verbais orais ou escritas transformando os sentidos das palavras de modo especial.
Poema é o texto que é feito com a arte da poesia.
A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita.[3] Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas de Zoroastro (1200-900 aC), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas.[4] A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monolitos, pedras rúnicas e estelas.
O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.[5]
Fonte: Wikipedia – acesso em 10 de março de 2013.
A história da poesia mais recente inicia-se durante a Idade Média, quando essa arte começa a ser produzida de modo mais popular, saindo do ambiente religioso.
Este movimento literário foi posteriormente chamado de TROVADORISMO, pois os poemas eram cantados por trovadores europeus. Que tocavam o alaúde ou outros instrumentos da epóca para acompanhar.
Como nossa língua é a Portuguesa, vamos viajar para Portugal no século XIV, a Língua Portuguesa ainda não existia, falava-se o galego-portuguêsque no século seguinte dará origem a duas línguas diferentes: o galego e o português.
O autor escolhido é D. Afonso Sanches-filho do Rei D.Dinis com sua amante favorita, D. Aldonça Rodrigues da Telha.
CANTIGA
D. Afonso Sanches
“ai, Deus, val!
Com’estou d’amor ferida!
ai, Deus val!”
Dizia la bem talhada:
“ai, Deus, val!
Com’estou d’amor coitada!
Ai, Deus, val!
Com’estou d’amor ferida!
ai, Deus, val!
Nom vem o que bem queria!
ai, Deus, val!
Com’estou d’amor coitada!
ai, Deus, val!
Nom vem o que muit’amava!
Ai, Deus, val!”
In Elsa Gonçalves. A lírica galego-portuguesa.
Lisboa, Editorial Comunicação, 1983.
Flor de Lis
Valei-me, Deus!
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
Você Pode Ir Na Janela
Se não vai
Não desvie a minha estrela
Não desloque a linha reta
Não desvie a minha estrela
Não desloque a linha reta
Você só me fez mudar
Mas depois mudou de mim
Você quer me biografar
Mas não quer saber do fim
Mas depois mudou de mim
Você quer me biografar
Mas não quer saber do fim
Mas se vai
Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei
Mostro as flores que falei
Vai sem duvidar
Mas se ainda faz sentindo, vem
Até se for bem no final
Será mais lindo
Mas se ainda faz sentindo, vem
Até se for bem no final
Será mais lindo
Como a canção que um dia fiz
Pra te brindar
Pra te brindar
Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei
Você só me fez mudar
Mas depois mudou de mim
Responda em folha avulsa.
Compare os três poemas e cite o que eles têm em comum, tanto em relação à linguagem, quanto ao assunto e modo de pensar sobre a vida. Cite os trechos e explique.
Termine seu texto dizendo o que você pensa sobre o assunto dos textos e também dizendo o que você faria se estivesse no lugar dos eus-líricos dos poemas.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.